Escola Bíblica

 ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A VERDADEIRA PROSPERIDADE -A VIDA CRISTÃ ABUNDANTE


 1º TRIMESTRE 2012


  • LIÇÃO 5: AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA

TEXTO ÁUREO



“Bendito o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em CRISTO, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Ef 1.3,4).

 
VERDADE PRÁTICA



Se observarmos a Palavra de DEUS, experimentaremos a verdadeira prosperidade: a comunhão plena, em CRISTO, com o Pai Celestial.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 12.1-3A bênção de DEUS sobre Israel

Terça - Gn 25.11A bênção de DEUS sobre Isaque

Quarta - Gn 30.43; 31.9-16A bênção de DEUS sobre Jacó

Quinta - Gn 45.1-11A bênção de DEUS sobre José

Sexta - Dt 28.1-14A bênção de DEUS sobre os israelitas

Sábado - Gl 3.14A bênção de DEUS sobre a Igreja



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gálatas 3.2-9.

2 - Só quisera saber isto de vós: recebestes o ESPÍRITO pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 3 - Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo ESPÍRITO, acabeis agora pela carne? 4 - Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão.5 - Aquele, pois, que vos dá o ESPÍRITO e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? 6 - É o caso de Abraão, que creu em DEUS, e isso lhe foi imputado como justiça. 7 - Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão. 8 - Ora, tendo a Escritura previsto que DEUS havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti, 9 - De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.



Palavra Chave - Promessas: Ato amoroso por meio do qual o Senhor estabelece um compromisso fiel e santo com seus servos.



Para estudarmos esta lição temos que diferenciar as promessas da Antiga e da Nova Aliança.

A maioria das promessas de DEUS no Antigo Testamento estão condicionadas à obediência, enquanto que a maioria das promessas de DEUS no Novo Testamento estão baseadas em sua graça.



Bhêrite (aliança em hebraico) = a aliança anterior é feita em base de igualdade, é uma troca, um acordo em que deus me dá e eu tenho que dar para deus o mesmo.

Existem leis e normas a serem cumpridas ou obedecidas para que as bênçãos da aliança alcancem seus aliançados.

O auge dessa aliança é a vida de CRISTO, o messias, o rei do reino de Israel na Terra (milênio).



Diateke (aliança em grego) = a nova aliança é diferente, é superior, pois deus me dá tudo o que preciso não exigindo nada em troca, a não ser fé.

Eu não tinha nada de bom a oferecer, só de ruim: pecado e iniqüidade; mesmo assim, deus me recebe como cabeça de aliança e me dá a salvação e todas as bênçãos provindas daí : batismo com espírito santo, dons do espírito santo, participação no ministério, etc...



Deus faz aliança conosco, em cristo, hb 8.9, 1 co 1.30 e gl 3.16 = maior sinal



Não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de DEUS, em CRISTO, através do ESPÍRITO SANTO que mora em nós.



Observações:

As doenças nem sempre são devido ao pecado, embora o pecado abra a porta para a entrada das mesmas.



A glutonaria abre as portas para doenças como úlceras,  gastrites, problemas no coração, obesidade, etc...


AS BENÇÃOS DE ISRAEL QUE COUBERAM A IGREJA

1. COUBE A IGREJA SER MORADA DO ESPÍRITO SANTO - Gálatas 3.2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

* Israel rejeitou Jesus e não herdou a benção da salvação – João 1.11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 

2. COUBE A IGREJA RECEBER A PLENITUDE ESPIRITUAL - Gálatas 3.3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?

* Israel foi cortado da videira e nós fomos enxertados – Romanos 11.17 E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,

3. COUBE A IGREJA SER VENCEDORA NAS PERSEGUIÇÕES - Gálatas 3.4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão.

* Israel fracassou e a igreja não pode seguir seu exemplo - I Coríntios 15.58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor

4. COUBE A IGREJA A RECEPÇÃO AOS MILAGRES DIVINOS - Gálatas 3.5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

* Israel ignorou os milagres divinos e nós tomamos posse – Romanos 11.11 Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.

5. COUBE A IGREJA RECEBER A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ - Gálatas 3.6 É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.

* Israel não creu que para ser salvo era a justificação pela fé – Romanos 5.1 Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;

6. COUBE A IGREJA O DIREITO DE SERMOS FILHOS DE ABRAÃO - Gálatas 3.7 Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.

* Israel perdeu esse direito desobedecendo ao pacto com Deus – Mateus 3.9 E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.

7. COUBE A IGREJA LEVAR AS BOAS NOVAS DA SALVAÇÃO - Gálatas 3.8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.

* Israel falhou em tornar o nome de Deus conhecido aos povos – Jeremias 2.13 Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.

8. COUBE A IGREJA TER CRISTO A MAIOR BENÇÃO DE ABRAÃO - Gálatas 3.9 De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão.

* Israel desprezou Jesus a benção da descendência abraãmica - Mateus 27.39 E os que passavam blasfemavam dele, meneando as cabeças,
 
  • LIÇÃO 4: A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO


TEXTO ÁUREO 


“Porque o Reino de DEUS não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no ESPÍRITO SANTO” (Rm 14.17). Reino de DEUS não implica necessariamente em coisas materiais como imaginam a maioria dos crentes de hoje em dia. muita gente já foi excluída do reino por causa de comida e bebida. Lembrando que, aqui, justiça é um milagre, paz um milagre e alegria no ESPÍRITO SANTO um milagre. tudo acontece por uma ação do ESPÍRITO SANTO sobrenaturalmente. VERDADE PRÁTICA O conceito de prosperidade em o Novo Testamento vai muito além da aquisição de bens terrenos; ele está fundamentado nas promessas do reino de DEUS na época vindoura. Para os israelitas, as promessas serão completamente cumpridas no Milênio, para a Igreja, após o arrebatamento, enquanto para os israelitas ou judeus são promessas materiais, com um período de tempo pré-determinado (1000 anos), para a igreja são promessas espirituais e eternas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Tm 6.8-10 A prosperidade não é sucesso


Terça - Lc 12.15 A prosperidade revela-se no que somos

Quarta - Mt 6.31 A prosperidade e as preocupações da vida

Quinta - Cl 2.2,3 A verdadeira prosperidade

Sexta - At 6.1-6 Prosperidade para suprir os necessitados

Sábado - Rm 15.26 Prosperidade e solidariedade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Coríntios 8.1-9.


1- Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de DEUS dada às igrejas da Macedônia; 2- como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade. 3- Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, 4- pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. 5- E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de DEUS; 6- de maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe essa graça entre vós. 7- Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nessa graça. 8- Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade do vosso amor; 9- porque já sabeis a graça de nosso Senhor JESUS CRISTO, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.


Palavra Chave - Filantropia: Desprendimento, generosidade para com outrem; caridade.

Estamos vivendo num tempo em que as pessoas valem pelo que têem e não pelo que são na verdade. Até a igreja, que deveria manter o padrão bíblico de considerar todos iguais perante DEUS, faz acepção de pessoas, de raça, de etnias, de condição financeira., de posição social, de posição política, etc...


O pregador que chega para dar uma mensagem à igreja deve chegar de avião ou num carrão do ano senão não será bem recebido e nem será ouvido pelos "fiéis".

A igreja convida e paga milhares de reais a cantores e pregadores de renome para trazer avivamento à igreja, mesmo sabendo que após a festa tudo voltará a ser como dantes, pois o avivamento não é comprado, mas conquistado com muito jejum, oração, estudo da bíblia e quebrantamento.

JESUS, Pedro, João e Paulo eram prósperos sem nada possuírem. JESUS não tinha onde reclinar sua cabeça (Mt 8.20), Pedro pagou seu imposto com o milagre da moeda na boca do peixe (Mt 17:27), João foi parar numa ilha sem ter nem uma cama para se deitar, Paulo não tinha dinheiro para pagar por sua liberdade quando lhe foi oferecida em troca de dinheiro.

A ECONOMIA DE ISRAEL NA SOCIEDADE EM QUE JESUS VIVEU


A AGRICULTURA


O trigo constitui a base da alimentação e é cultivado um pouco por toda parte, embora cresça sobretudo na Galiléia; esta produz bem mais do que consome; armazena grandes quantidades precavendo-se contra a fome e ao mesmo tempo abastece a Judéia e Jerusalém, cujas necessidades são enormes por causa do afluxo dos peregrinos du­rante as festas. Só mesmo numa grande seca é que a Palestina se vê obrigada a importar trigo. Josefo menciona uma penúria desse tipo em 21 a.C. e em 49 d.C. O trigo produzido pode ser de diversas qualida­des; ora, para o Templo (feixes das primícias, pães da proposição ou ofertas espontâneas), não se aceita senão o melhor, que se encontra em três cidades da Judéia: Micmas, Zanoah e Hafaraim; tomar-se-ia também o trigo de Cafarnaum, se não tivesse que atravessar a Samaria, tornando-se impuro por causa disso mesmo . . .


A cevada, segunda cultura no processo de rotação, tem a mes­ma repartição que o trigo. Em caso de carestia, sua farinha substitui a do trigo para a população; habitualmente, é a farinha dos mais pobres e serve para fazer ração para o gado e as aves.

As figueiras são essenciais para a alimentação; durante a fome de 49 d.C. importam-se figos de Chipre, ao passo que normalmente produzem-se bastantes figos para exportar para Roma.

A oliveira é muito encontradiça em toda a Palestina; diz um dita­do que é mais fácil cultivar miríades de oliveiras na Galiléia do que educar um filho na terra de Israel! A Judéia, com o "monte das Olivei­ras" não é menos rica. A produção de óleo é aliás largamente superavitária e exporta-se óleo para o Egito e para a Síria. Não sendo esse óleo de primeira qualidade (exceto o de Técoa), costuma-se trazer óleo da Peréia para o Templo; mas como pelo caminho a mercadoria pode­ria se manchar, transportam-se as azeitonas, que só são prensadas em Jerusalém!

A vinha brota por toda parte na Judéia e deve ser de boa quali­dade pois o Templo não tem problema de abastecimento: lá o vinho serve para as libações (mas os sacerdotes não devem beber na hora do serviço); ele é indispensável para a festa da Páscoa, na qual quatro taças circulam durante a refeição (o vinho é cedido gratuitamente aos que não teriam recursos para comprá-lo); por todo lado, o vinho é a bebida costumeira de todo o Israel e certas marcas são exportadas para longe.

Entre as outras frutas ou legumes, citam-se sobretudo lenti­lhas, ervilhas, alface, chicória, agrião; há tal abundância de frutas e de legumes de toda espécie, que se costuma dizer que o peregrino tem certeza de encontrar tudo que precisa em Jerusalém. Plutarco afirma que todo dia chegam produtos da Palestina à mesa do imperador; en­tre eles, há certamente romãs e tâmaras de Jericó ou da Galiléia, pro­dutos célebres no mundo inteiro. Há ainda as maçãs da Galiléia e as nozes, os bombons da antiguidade.

Tudo isso dá a impressão de um país rico em árvores, entre as quais encontram-se também outras espécies como o salgueiro, a acácia, o loureiro, o cipreste, o pinheiro. A Palestina do séc. I é uma região bastante coberta de matas (enquanto as cabras e os turcos não a de­predaram). Antes de começar o assédio de Jerusalém, Vespasiano teve que desmatar as cercanias da cidade para poder enxergá-la bem.

Encontram-se também algumas culturas mais especiais. Embo­ra os jardins sejam proibidos em Jerusalém, há entretanto um roseiral de onde se extrai para venda o óleo ou essência de rosas. Plínio, o Ve­lho, que escreve por volta de 75 d.C, menciona as trufas da Judéia: os romanos as apreciam tanto, que acabaram por aclimatá-las na Itália. O mesmo Plínio escreve: "De todos os perfumes, o mais apreciado é o bálsamo, do qual a Judéia, sozinha entre todas as terras, tem o privilégio . . . Os judeus não tiveram para com ele consideração alguma, não mais que pela própria existência deles. Os romanos tomaram sua defe­sa e houve luta por causa de um arbusto. Agora é o fisco que o cultiva e ele jamais foi tão abundante. . . Nele se faz uma incisão; do enta­lhe sai um líquido chamado opobálsamo . . . Na época em que Alexan­dre passou pela Judéia, recolhiam-se sete medidas (3,25 litros cada uma) e ele valia então duas vezes seu peso em prata. Hoje a sangria de uma única árvore produz mais. São entalhadas três vezes em cada ve­rão, e depois cortadas . . . Também os ramos são vendidos: o produto do próprio corte e dos brotos rendeu 800 mil sestércios, cinco anos após a conquista da Judéia. É o suco o que mais se aprecia, depois a semente, depois a casca, depois a madeira. O suco é às vezes falsifica­do com óleo tirado da semente ou com óleo de rosa, de alfena, confor­me aquilo de que se dispõe. Nenhuma fraude é mais freqüentemente atestada, pois o produto é vendido à razão de mil denários o sestário (1/2 litro), ao passo que no fisco custa 300 denários."(História natural XII, 54).

A pecuária é certamente o setor mais deficitário da Palestina. Josefo fala sem dúvida do leite muito abundante da Judéia-Samaria, o que supõe animais, mas de fato a estepe não produz senão pouca forragem. Na criação dos rebanhos, numerosos na Judéia, o interesse es­tá somente nas ovelhas (para a reprodução) e nos cordeiros (necessá­rios para o culto); prefere-se importar de Moab os carneiros, que co­mem sem produzir. Quanto aos bovinos, criados na planície de Saron, a política é a mesma: matam-se os vitelos machos e importam-se bois da Transjordânia. Se não houvesse a Samaria para atravessar, a Gali­léia poderia também fornecer bovinos para o Templo.

É o Templo o principal consumidor de carne, bem como as cama­das abastadas da população: parece que o povo miúdo só come carne na Páscoa ou por ocasião dos sacrifícios de comunhão (Lv 3). Outro elemento importante para o culto (já que muitos pobres não podem oferecer senão isto em sacrifício) são as pombas: são pegas na rede nas árvores e culturas da montanha da Judéia.

Em resumo, a Palestina do séc. I é um país bastante rico no setor agrícola, satisfazendo amplamente às suas necessidades, não obstante possuir uma população relativamente densa para a época: 600 mil ha­bitantes em 20 mil km2.



A INDÚSTRIA




Em primeiro lugar vem a pesca, por causa de seu papel na ali­mentação de cada dia. É intensa na costa mediterrânea, no Jordão e sobretudo no lago de Tiberíades; há importantes estabelecimentos de preparo e conserva: a cidade de Mágdala foi apelidada Tariches, pala­vra grega que significa salga alusão ao ofício de seus 40 mil habitantes (conforme Josefo que sempre aumenta as cifras!). D peixe, salgado ou defumado, é depois comercializado em todo o país.


Quem fala em salga pensa em sal; ora as fontes antigas nada di­zem da sua produção. Pode-se no entanto ter por certo que ele era ex­traído do mar Morto, chamado então mar do Sal, e do lago de Tibería­des.

A construção está em plena atividade. A ampliação do Templo, depois seu arranjo e embelezamento duram de 20 a.C. até 64 d.C; no fim dos trabalhos, para não deixar no desemprego os 18 mil operários da obra, com seu trabalho são calçadas as ruas de Jerusalém.

Por volta de 20 d.C, Herodes Antipas constrói a cidade de Tibería­des e fortifica Séforis e Júlias. Jerusalém cresce de tal modo que se estende além das muralhas construídas por Herodes Magno: em 41 d.C. Agripa vai proteger o novo bairro, ao norte, por um muro de 3500 metros de comprimento e de 5,25 de espessura.

É preciso ainda continuar, manter e embelezar as numerosas construções de Herodes Magno: Pilatos acrescenta um novo aqueduto a Jerusalém; a rainha de Adiabene manda construir para si um magní­fico túmulo ao norte da cidade santa. Foram encontrados em Jerusa­lém esgotos, que têm certas instalações notáveis (2m de altura, 80 cm de largura).

Fiação e tecelagem ocupam uma mão-de-obra sobretudo femi­nina, mas também homens, os tecelões, que são desprezados (porque são mentirosos ou porque executam um trabalho feminino?). A Judéia trabalha sobretudo com a lã (aí os carneiros são numerosos), enquanto que a Galiléia, atravessada por uma das rotas da Índia, especializou-se na seda proveniente da China e no linho (produzido no local?). Cober­tores, tapetes e outros produtos são abundantes e se exportam para Roma. Tintura e pisoamento (para impermeabilizar os tecidos) são muito bem representados em Jerusalém, e os historiadores nos dizem que esta é a grande especialidade da Síria-Palestina antiga. A tintura de púrpura, especialidade da cidade de Tiro, é realizada a partir dum crustáceo, o múrice, que se pesca na costa mediterrânea de Tiro a Jope: os judeus participam desta pesca.

A indústria do couro, alimentada sobretudo pelas peles das víti­mas oferecidas no Templo, é florescente: 18.000 cordeiros só para o rito pascal, dezenas de milhares de sacrifícios de comunhão em cada festa, os sacrifícios de expiação particulares (centenas por dia). A isso se acrescenta a pele dos animais abatidos para o açougue. As peles são curtidas, e depois transformadas e exportadas.

A cerâmica, importante em todos os tempos para o vasilhame e para guardar alimentos ou objetos preciosos (os rolos de Qumrã, por exemplo), é próspera neste primeiro século. Duas cidades da Galiléia, Kefar Hanania e Kefar Shilim, têm o monopólio da cerâmica imper­meável ao ar, ideal para conservar o óleo.

O betume, "substância viscosa e colante que, em certa época do ano bóia sobre as águas de um lago da Judéia chamado Asfáltico" (Plínio, His. Nat. VII, 13,3) é cuidadosamente recolhido e exportado sobretudo para o Egito onde "é utilizado não só para a calafetagem dos navios, mas também como remédio: entra na composição de mui­tos produtos farmacêuticos" (Josefo, Guerra judaica IV, 481).

Em Jerusalém concentra-se todo um artesanato de luxo, quer para o Templo (perfumes), quer para os peregrinos que já naquele tem­po apreciavam os bibelôs-lembranças da Cidade Santa!

Como centro de peregrinação, Jerusalém conhece ainda outros ofícios que são mais raros em outros lugares: padeiros, carregadores de água, barbeiros e até mesmo um serviço de limpeza urbana, para manter a pureza nas vizinhanças do Templo.



O COMÉRCIO




O comércio é sobretudo centrado no Templo que tem necessida­des enormes e recursos maiores ainda, graças à Didracma, o imposto cobrado de todos os judeus, mesmo dos que moram fora da Palestina (cf. p. 21). Mas também os diversos Herodes bem como os procurado­res têm suas cortes faustosas e as classes abastadas de Israel não fa­zem economia ...


O comércio interno entre particulares é muito reduzido: a ele se prefere a troca no interior da aldeia, o que evita deslocamentos e por­tanto taxas (cf. p. 26). Mas todos os excedentes da produção vão para as cidades, sobretudo Jerusalém, cuja população supera os 50 mil ha­bitantes em tempo ordinário e chega a 180 mil na ocasião das grandes peregrinações. As mercadorias são transportadas em animais de car­ga, pois as estradas não permitem, senão excepcionalmente, a passa­gem de carros. Para os longos deslocamentos prefere-se o camelo, cuja carga útil é maior. Tem-se todo interesse em não viajar sozinho, mas em se agrupar em caravanas, que oferecem melhores garantias contra as agressões de bandidos de toda espécie. Existem sem dúvida verda­deiras sociedades de transportes; isto é atestado no setor dos trans­portes marítimos e fluviais em todo o império e em Palmira, onde uma sociedade tinha escritórios em Babilônia.



O comércio externo é mais conhecido.


As importações se referem todas a produtos de luxo: em primeiro lugar, os cedros do Líbano, por causa da nobreza da madeira e do com­primento das traves que deles se pode tirar para o madeiramento dos palácios ... No Templo utiliza-se o cedro, a figueira, a nogueira e o pi­nheiro como combustível para os sacrifícios; a oliveira é banal demais para ser digna desse serviço.

O Templo exige também incenso, que vem da Arábia, e parece ser muito caro. É também na Arábia que se compram muitos aromas que servem aos perfumistas, pedras preciosas, ouro ou mais simples­mente ferro, cobre (as minas de Salomão, perto de Áqaba, ficam lon­ge . . .).

Embora a Galiléia teça a seda, para o sumo sacerdote e a aristo­cracia civil e religiosa, manda-se também vir o tecido diretamente da Índia ou de Babilônia: escarlate, bisso, púrpura. Babilônia vende ain­da especiarias: informa-se por exemplo que uma caravana de 200 ca­melos levou pimenta para Jerusalém.

Corinto envia seu célebre bronze para a confecção de uma porta do Templo; talvez mande também seu mármore para os diversos palá­cios. Os capitéis jônicos e Coríntios, bem como as numerosas escultu­ras da época fazem supor pelo menos a presença de mestres vindos da Grécia.

As exportações, como vimos, consistem de alimentos, frutas, óleo, vinho, peixe ou de produtos industriais correntes como peles, teci­dos e betume. Os perfumes parecem ter sido a única produção de luxo a ser exportada.

Esse comércio está nas mãos de grandes negociantes que têm escritórios e depósitos em todo o império e que são um pouco de to­das as nacionalidades. É certo que entre eles há judeus que fazem questão, na velhice, de se instalarem em Jerusalém, perto do Templo e do Céu, mas também da Corte e dos seus prazeres . . . Esses nego­ciantes são verdadeiros banqueiros, que conhecem os cheques e os títulos ao portador e ao mesmo tempo são especuladores: conhece-se um que compra a plantação ainda verde de um camponês endividado. Graças aos produtos do solo e ao Templo que dá trabalho para boa parte dos judeus, a Palestina deveria ser aquele país onde correm o leite e o mel, onde as pessoas vivem felizes. Mas não é o que aconte­ce; um rabino da época declara: "As filhas de Israel são belas, pena que a pobreza as torne feias!" Esta pobreza é tão célebre que ela se torna o tema predileto das comédias pagãs da época . . . É que inter­vém dois elementos: o físico (cf. p. 26) e a desigual repartição das ri­quezas (cf. p. 60).

A SOCIEDADE JUDAICA


A terra pertence a DEUS que a dá a seu povo; todos são iguais diante dele . . . Fora preciso inventar instituições como o ano sabático ou jubilar, para relembrar esta igualdade social (cf. p. 32) pois ne­cessariamente a cultura, a riqueza, a profissão criavam diferenças. Por outro lado, para os judeus, a lei civil não é outra senão a Torá, a Lei re­ligiosa: os que são seus guardiães ou seus intérpretes, os sacerdotes e também os escribas têm, pois, por força das circunstâncias, um lugar mais importante. "Entre outros povos — escreve Josefo — outras con­siderações permitem determinar a nobreza; entre nós, porém, é a pos­se do sacerdócio que é prova duma ilustre origem" (Autobiografia I,1). Neste apanhado das diferentes categorias sociais, começaremos por­tanto pelo clero.


O clero


NO ÁPICE DA HIERARQUIA: O SUMO SACERDOTE


Desde o retorno do Exílio em 538 a.C, não havendo mais reis, o sumo sacerdote tornara-se pouco a pouco a chave de abóbada da so­ciedade judaica. É ele o responsável pela Lei e pelo Templo e é ele, por ofício, o presidente do Sinédrio. É o único que pode orar e expiar por todo o povo, o único que pode entrar, uma vez por ano, no coração do Templo, no SANTO dos santos, para a Expiação (cf. p. 52) e a sua morte era considerada como expiatória, pois nesta ocasião os assassinos eram agraciados.


Por causa das suas funções, o sumo sacerdote goza de grande dignidade, o que lhe vale uma situação financeira confortável: cada tarde, é o primeiro a escolher a sua parte entre as oferendas feitas ao Templo e destinadas aos sacerdotes. O Templo é também uma fonte de renda para ele; era, com efeito, um centro de comércio muito importante: por causa das regras de pureza em vigor quanto aos animais que se devem oferecer em sacrifício, os peregrinos são praticamente obrigados a comprar essas vítimas no próprio Templo; além disso, compra-se muita madeira de valor, perfumes e outros objetos de luxo, únicos dignos do Senhor. Ora, todo esse comércio pertence à família do sumo sacerdote ou então é confiado a grandes comerciantes que oferecem propinas para participarem do negócio. Gomo esses meios nem sempre satisfazem os apetites do sumo sacerdote e os de sua família, às vezes ele se serve de outros: apropria-se pela força das pe­les dos animais degolados, que deveriam pertencer aos outros sacer­dotes, vai aos sítios roubar o dízimo que lhes é igualmente destina­do ... Ou usa a intriga, a chantagem, e até o assassinato . . .

Esse comportamento, como se pode adivinhar, não favorece em nada a popularidade do sumo sacerdote, tanto mais porque ele está cada vez mais sujeito ao poder romano. Os Selêucidas e depois Pompeu se permitiram nomear um sumo sacerdote quando o posto estava vago, pelo menos o nomeavam por toda a vida. Herodes Magno e de­pois dele os procuradores ousam destituí-lo quando lhes apraz: ao pas­so que em mais de um século (entre 200 e 36 a.C.) só houve treze su­mos sacerdotes, em um século (de 36 a.C. a 67 d.C.) houve vinte e seis! Isto significa que para continuar no ofício é absolutamente ne­cessário agradar ao príncipe. No entanto, entre esses vinte e seis su­mos sacerdotes temporários, vinte e cinco provêm de quatro famílias: isto demonstra o poder político e econômico dessas famílias e as intri­gas entre elas! Elas formam a ossatura do partido saduceu (ver p. 76). O sumo sacerdote é ajudado nas suas funções por certo número de funcionários chamados chefes dos sacerdotes: o Comandante do Templo, responsável pelo culto e pelo policiamento no santuário e que substitui o sumo sacerdote em caso de necessidade, os chefes das vin­te e quatro secções semanais, os sete vigilantes do Templo, responsá­veis por toda a' manutenção e os três tesoureiros. Todos esses cargos são ocupados pelos membros da família ou pelos amigos do sumo sa­cerdote.

O Sinédrio 

   
O grande Sinédrio (do grego synédrion, sentar-se juntos) é a corte suprema de Israel. Suas origens remontam sem dúvida à época persa e suas primeiras menções ao reinado de Antíoco III (223-187). Foi instituído no tempo de João Hircano (134-104).

Como nas cidades helenísticas, é um conselho que assiste o sumo sacerdote, chefe supremo da nação que é seu presidente. Compreende 71 membros: anciãos, os sumos-sacerdotes depos­tos, sacerdotes Saduceus e depois, cada vez mais, escribas fari­seus.

Herodes Magno limitou seus poderes, mas sob a ocupação romana estes foram restabelecidos e até mesmo ampliados. Cor­te de justiça, julga delitos contra a Lei, fixa a doutrina e finalmen­te controla toda a vida religiosa. Tem-se discutido muito, sem chegar a uma certeza, para saber se ele tinha, na época de JESUS, o poder de executar um condenado. Em todo caso, para pronun­ciar uma condenação à morte, eram necessárias duas sessões com 24 horas de intervalo. Ele tinha uma guarda à sua disposição (cf. Jo 18,3.12).

Após a catástrofe de 70 d.C, ele se reconstituirá em Jâmnia (ver p. 93) mas será então uma instituição completamente dife­rente na sua competência e no seu espírito.

Em toda a Palestina, havia pequenos sinédrios de três membros, entre os quais o juiz (Mt 5,25).


OS SACERDOTES


Em número de 7 mil mais ou menos, os sacerdotes são encarre­gados de oferecer os sacrifícios no Templo e de conservar a sua parte central. Mas não há necessidade de tanta gente para atender às ne­cessidades habituais do culto. Eles são, pois, divididos em 24 classes ou equipes, que ficam de serviço cada qual uma semana, cada uma na sua vez. Cada manhã desta semana, escolhia-se pela sorte aqueles que teriam uma função particular no culto (cf. Lc 1,9). Somente por ocasião das três grandes festas de peregrinação é que todas as classes estão de serviço ao mesmo tempo: cada sacerdote, portanto, exerce seu sacerdócio no Templo cinco semanas por ano; o resto do tempo ele não tem nada que fazer, exceto sentar-se de vez em quando no tri­bunal de seu domicílio na qualidade de conselheiro, quando se julga um caso que exige a presença dum sacerdote (Ver Caderno Bíblico Nº 14 p. 62).


Esse clero é pobre. Suas rendas são constituídas de dois elemen­tos: a parte retirada dos sacrifícios (cinco semanas por ano) e o dízimo. Mas desde muito tempo, certo número de judeus esqueciam de pagá-lo e é difícil imaginar aliás, como os pequenos camponeses, esmaga­dos pelos impostos, ou os diaristas, conseguiriam pagá-lo. É provável também que os que são marginalizados por ser desprezado seu ofício (ver p. 60), não tenham vontade de oferecer 10% de sua renda! Assim, para sobreviverem, os sacerdotes têm de encontrar um ofício: são car­pinteiros, talhadores de pedra (Herodes Magno mandou que mil sacer­dotes recebessem formação profissional acelerada antes de ampliar o Templo), comerciantes, açougueiros (ofício que todos eles praticam du­rante o culto) . . . Alguns se dedicam ao estudo e se tornam escribas.

Bem próximos do povo miúdo, tanto pelo salário quanto pelas condições de trabalho e de vida, muitas vezes não mais instruídos que ele, os sacerdotes comungam as idéias do povo. No momento da guer­ra judaica, muitos, ao que parece, farão causa comum com os zelotes: esperam que a saída dos romanos lhes trará melhor situação financei­ra e uma elevação de nível social.

Esse sacerdócio é hereditário; transmite-se aos filhos sob duas condições: que a esposa seja uma verdadeira judia e não uma bastarda e que o filho seja física e mentalmente normal. 



OS LEVITAS


Os levitas são os verdadeiros subproletários do Templo. São aproximadamente 10 mil, divididos eles também em 24 classes, com cinco semanas anuais de serviço. Mas seu salário, por esse serviço, parece inexistente: jamais tiveram direito à parte retirada dos sacrifí­cios e o dízimo que outrora lhes estava reservado (Nm 18,8-32) foi-lhes confiscado, não se sabe quando, em benefício dos sacerdotes. Fora de seu tempo de serviço, exercem, como os sacerdotes, os mais variados ofícios.


No Templo, estão divididos em dois grupos: os levitas músicos que se instalam entre o pátio dos levitas e o dos sacerdotes e animam as liturgias com seu canto e seus instrumentos, e os levitas porteiros que guardam e mantêm limpo o Templo (com exceção do pátio dos sa­cerdotes), controlam o acesso aos diferentes círculos de santidade, ga­rantem o policiamento e a guarda no santuário. Esses dois grupos são rigorosamente distintos, pois, em princípio, aquele que cumprisse a ta­refa destinada ao outro grupo poderia ser punido com a morte! Na época que nos interessa, cada um dos grupos se põe a reclamar uma promoção social que acabará acontecendo em 64 d.C: os músicos te­rão direito à veste distintiva dos sacerdotes, ao passo que os porteiros poderão aprender os hinos, como os músicos. Esta promoção concedi­da por Agripa II, que pretende rebaixar os sacerdotes, é muito mal re­cebida pelo povo, hostil a qualquer mudança.

O povo


Sacerdotes e levitas formam uma das doze tribos de Israel, aque­la que é consagrada a DEUS. As outras tribos — ou o que delas resta — formam o conjunto do povo socialmente bem diversificado.


OS ANCIÃOS

Essa palavra ancião engloba situações bem diversas como o ter­mo nobre na pena dos nossos jornalistas. Quase não existe relaciona­mento entre os chefes duma aldeia que vivem exatamente como todo mundo e o pequeno grupo de anciãos que compõem o Sinédrio de Je­rusalém. São esses últimos e seus pares que nos interessam agora: formam a aristocracia leiga de Israel, uma aristocracia bem reduzida em número, mas muito rica, graças a grandes propriedades (que no entanto nada têm a ver com os latifundia romanos) ou ao comércio; em 66 d.C. três desses anciãos se comprometem a abastecer sozinhos a cidade de Jerusalém, por 21 anos, de trigo, cevada, vinho, óleo, sal e madeira.

Esses grandes proprietários e negociantes necessariamente es­tão ligados com o principal mercado, quer dizer o Templo e seus diri­gentes, os sumos sacerdotes. Estão associados também com o poder romano que sabe uni-los a si atribuindo-lhes postos de conselheiros e portanto um certo poder. Para Roma, esses conselheiros são excelen­tes arrematantes dos impostos indiretos: sua própria fortuna é a ga­rantia de que de qualquer forma o imposto entrará para os cofres do império; por outro lado, bem administrado, o imposto se torna fonte de renda suplementar para os arrematantes. O nobre que recusasse esse serviço seria primeiro objeto de pressões amigáveis, depois de chanta­gem e, eventualmente, de confisco de sua propriedade! Em caso de oposição ao poder, corre-se até risco de vida: Herodes matou 45 nobres que tomaram partido contra ele antes da sua chegada e esta prática não é desconhecida pelos romanos, mas eles se contentam muitas vezes com exilá-los confiscando seus bens!

Esses anciãos, apesar de terem riquezas e serem "os primeiros em dignidade", sentem a falta de uma coisa que é o ápice da glória na Palestina: o acesso ao Templo, reservado aos descendentes de Levi. Por não poderem comprar o sacerdócio, procuram suas migalhas: as famílias mais afortunadas e sobretudo as mais antigas conservam cio­samente o privilégio de oferecer, em certos dias, a lenha necessária para os sacrifícios e sobretudo, por derrogação especial, os meninos desta aristocracia podem se juntar aos levitas músicos para acompa­nhar os ofícios: ficam então entre o pátio dos levitas e o dos sacerdo­tes, ao passo que normalmente deveriam ficar no das mulheres.

Muito ciosa dos seus privilégios, unida aos sumos sacerdotes como também a Roma, esta oligarquia é, segundo todos os testemu­nhos, saducéia. Parece, no entanto, que na Galiléia o partido de Hero­des também tenha entrado nesse círculo.


A CLASSE MÉDIA


Temos poucas informações sobre esta classe social de comer­ciantes e de artesãos: Em particular, as raras indicações que se tem sobre sua situação financeira provêm mais da lenda que da realidade. Globalmente, sua prosperidade depende do Templo. Os artesãos que trabalham diretamente para ela, — padeiros, alfaiates, perfumistas . . . — são muito bem remunerados. Alguns se especializam nos bibelôs para os peregrinos ou nos mais diversos objetos de luxo, dos quais se faz grande uso por ocasião das festas. Há ainda todos os ofícios ligados á acolhida e à hospedagem dos peregrinos: hotelaria, abasteci­mento, transporte e vendas de mercadorias necessárias.


O consumo deve ser muito elevado em Jerusalém, pois cada ju­deu é obrigado pela Lei a gastar aí em regozijo diante de DEUS o se­gundo dízimo (Dt 12,1 7-18). Mesmo que nem todos os judeus obede­çam a essa norma (ver p. 57), pode-se pensar que os peregrinos que vêm da Palestina ou de fora fazem questão de cumpri-la. Esta soma deve ser gasta em alimentação, vestes ou perfumes e objetos de luxo, mas não pode servir para oferecer sacrifícios: pode-se imaginar o lucro auferido pelos comerciantes da capital, claramente favorecidos em re­lação a seus colegas provincianos. Teoricamente, é claro que se pode levar esse segundo dízimo em gêneros para gastá-lo em Jerusalém, mas é tão complicado que preferem vender seus produtos na própria aldeia e vir à Cidade Santa com o dinheiro para comprar — mas com uma notável diferença de preço — aquilo que se precisa ou que se quer: os preços são muito mais altos na cidade do que na roça, che­gando a ser o triplo no caso dos figos!

O POVO
 

Quanto mais se desce na hierarquia social, mais são raras as in­formações precisas: em todas as literaturas do mundo, fala-se pouco dos pequenos! Distinguem-se entretanto algumas categorias.

Os pequenos proprietários agrícolas contentam-se, com freqüên­cia, de consumir seus produtos ou de fazer alguma troca para obter o que lhes falta: isso evita as taxas nos mercados. Na Judéia e na Samaria, parece que as lavouras são pequenas, de tipo familiar. Muitas ve­zes, só o filho mais velho pode herdar o sítio, e os outros filhos se tor­nam operários ou se expatriam. Na Galiléia, as propriedades parecem mais extensas; isso se deve a razões históricas: por volta de 150 a.C, todos os judeus fugiram dessa província (1 Mc 5,23.45); os pagãos re­cuperaram essas terras, aumentando suas propriedades, mas quando João Hircano reconquistou a Galiléia, esses pagãos tiveram de se con­verter ou partir.

Os artesãos ou mais exatamente os que trabalham por conta pró­pria num trabalho que não é agrícola, nos são muito mal conhecidos. O que se sabe com mais certeza é que muitos desses ofícios são mal vis­tos, e até mesmo desprezados. De acordo com as fontes rabínicas anti­gas, o curtidor exala tanto mau cheiro que perde toda dignidade, a tal ponto que sua esposa pode separar-se dele quando quiser (raro caso em que o marido pode ser obrigado ao divórcio), o tecelão é tão menti­roso que não é admitido a dar testemunho, como também não o são a mulher e o escravo; o pastor é considerado ladrão, ele próprio devido à sua alimentação pessoal, e seu rebanho, porque entra muitas vezes nas pastagens dos outros; o médico pratica uma medicina de classe, descuidando os pobres sem dinheiro ... A lista negra das profissões é tão comprida, que se tem a impressão de que resta pouco espaço para as profissões honestas.1

Os operários e diaristas: basta sobrevir uma colheita insuficiente, basta uma administração errada do seu negócio, basta que algum con­corrente tenha mais êxito e a pessoa perde sua independência, vendo-se obrigada a colocar-se a serviço dum patrão, seja por dia — mas a si­tuação é então extremamente precária — seja de modo mais estável como braçal numa lavoura de grande ou médio porte. Pode-se traba­lhar também numa empresa de transporte ou junto a um grande artesão; pode-se conseguir emprego na casa dum nobre, na corte, ou enfim conseguir admissão num dos grandes canteiros de obras (ver p. 33).

1 Não se deve ver aqui a concepção greco-romana, segundo a qual todo trabalho manual é servil, mas a convicção dos escribas de que só o estudo da Lei é que conta: tudo quanto dele distrai é nefasto. Todavia, é preciso viver e, sobretudo, o trabalho é honrado em si mesmo porque é participação na obra criadora de DEUS.

Todo esse pequeno povo forma a parte importante de Israel, trabalhadores que ganham salários minguados, que são desprezados pela casta dos escribas e dos fariseus, e são chamados ham ha'ares, o povo da terra, os incultos . . . Todavia, bom número de escribas exercem es­sas humildes profissões e esse povo é o principal apoio dos fariseus, pois é ele quem mais sente na carne o peso da ocupação romana: so­fre pacientemente, aguardando a intervenção libertadora de DEUS.


OS MISERÁVEIS


Acontece também, infelizmente, que em conseqüência de maus negócios, de acidente ou de doença, alguém se torna incapaz de traba­lhar: mais ou menos excluído da comunidade torna-se mendigo, ladrão ou escravo.


Os mendigos vivem de preferência em Jerusalém, onde os pere­grinos são mais generosos; com efeito, parte do segundo dízimo pode servir para a esmola, que é uma obra muito meritória diante do Se­nhor. Entre eles, encontram-se muitos "leprosos", isto é, todos aque­les atacados de doença de pele e são considerados como impuros.

Mas pode-se também tentar a sorte como ladrão, seja em Jeru­salém, seja ao longo das estradas onde se vai roubar os viajantes im­prudentes. Embora o termo bandido abranja os ladrões e os zelotes (ver p. 77), parece certo que os ladrões formam um grupo que aumen­ta cada vez mais nos anos 60 d.C, aproveitando-se da instabilidade política. Já por volta de 35 a.C, tais ladrões importunavam tanto Hero­des, que ele desencadeara uma verdadeira guerra contra eles.

Os escravos judeus. O ladrão que é preso e não consegue ressar­cir os danos que causou, como também o judeu que pediu emprestado e não pode restituir, corre o risco de perder a liberdade, tornando-se escravo. Só podem tornar-se escravos o varão israelita adulto e sua fi­lha de menos de doze anos, mas não o filho nem a esposa. A filha adquire a liberdade aos doze anos, a não ser que seu senhor a despose, o que suprime imediatamente sua condição de escrava. O homem fica escravo no máximo seis anos (ver ano sabático, p. 31). O senhor o compra por uma soma que varia entre uma e dez minas (100 a 1000 dias de salário). O escravo judeu é juridicamente igual ao filho mais velho do senhor; quanto à alimentação, à moradia e ao vestuário, deve ser tratado do mesmo modo que o senhor, o qual é obrigado, além do mais, a manter a família de seu escravo; os trabalhos por demais humi­lhantes lhe são vetados, por exemplo: lavar os pés do senhor, despi-lo antes do banho ou mesmo levar ao banho público a água de que se serviu. Finalmente, esse escravo judeu tem muita semelhança com um operário respeitado, que tem garantia de trabalho, e vende sua força braçal por seis anos. Sem dúvida, ele não é livre, mas pode, no caso de receber herança ou descobrir um tesouro, resgatar-se quando quiser. Isso só vale, evidentemente, se o senhor é também judeu; o senhor pagão tem outros princípios, normalmente mais duros, mas a família de um judeu vendido a um pagão tem o dever estrito de resgatá-lo.

O escravo pagão pode também tornar-se propriedade de um ju­deu, mas sua condição é então completamente outra: é comprado por toda a vida e o preço segundo suas qualidades, pode chegar até 100 minas; normalmente vale 20. É totalmente propriedade do senhor; portanto, nada pode possuir e tudo quanto pudesse encontrar ou rece­ber como indenização por um ferimento pertence ao senhor: portanto, está na impossibilidade de economizar para se resgatar, ao passo que isso é possível entre os romanos. O senhor pode tratar esse escravo como quiser e mandá-lo fazer o que quiser; as únicas limitações a esse respeito são certas mutilações infligidas ao escravo, que lhe valem a libertação imediata, e o assassínio voluntário do escravo, que é conside­rado crime e punido como tal. Contudo, por razões de pureza ritual, um pagão não pode morar na mesma casa com um judeu piedoso, nem sobretudo preparar suas refeições ou servi-lo à mesa: o senhor tem, pois, um ano de prazo, a partir da compra, para circuncidar seu escravo (mas ainda é indispensável que o interessado o aceite!) ou revendê-lo a um pagão. Esta circuncisão não o assemelha ao escravo judeu: supri­me a impureza fundamental e isto é quase tudo. As condições de trabalho e de vida permanecem, efetivamente, as mesmas, pois o escravo é dispensado de todos os atos religiosos que têm lugar num momento preciso do dia ou do ano (prece ao nascer do sol, peregrinações...) e todos os preceitos positivos ("Tu deves fazer..."), pois todos esses preceitos prejudicariam a possibilidade de utilizá-lo. Ao contrário, cer­tas regras que não impedem o trabalho, como a oração depois da re­feição, são obrigatórias. A única grande aquisição obtida pela circunci­são é o direito ao repouso no sábado, que o senhor é obrigado a conceder.2


OS ESCRIBAS
 

Pouco numerosos, mas tendo um peso social considerável, os escribas poderiam ser colocados após os anciãos. Mas dado que eles se recrutam tanto entre os anciãos ou sacerdotes, quanto entre os dia­ristas, escapam a uma classificação social precisa. Na maioria são leigos.

Esses escribas são essencialmente os especialistas da Lei. En­quanto se pede sobretudo do sacerdote que ofereça os sacrifícios ao Senhor (poder-se-ia dizer, que seja um bom açougueiro no Templo), do escriba se exige que explique e atualize a Lei em função dos tempos novos e dos problemas concretos que se põem; dele se espera tam­bém que seja um guia espiritual, para interiorizar cada vez mais a fé em DEUS ou para tentar viver sempre melhor segundo sua vontade. O escriba é reconhecido como um filho espiritual ao mesmo tempo que um sucessor dos antigos profetas que DEUS já não envia: existe a con­vicção de que o tempo dos profetas terminou, até que venha o Profeta messiânico dos últimos tempos. (O título de profeta atribuído a João Batista ou a JESUS significa, pois, para os judeus do séc. I, que se en­trou na era messiânica).

O conhecimento das Escrituras e a competência jurídica fazem dos escribas personagens indispensáveis nos diferentes conselhos e tribunais: sem eles seria impossível resolver com eqüidade os casos difí­ceis. É aliás por causa desta competência e também das circunstân­cias políticas (ver p. 79) que eles são numerosos no Sinédrio, no séc. I. Suas pesquisas, apoiadas numa fé profunda animando toda uma vida moral, colocam-nos antes do lado dos fariseus, que se sentem felizes por encontrar neles pessoas seguras sob o ponto de vista da doutrina. Há, portanto, relações estreitas entre esses dois grupos, mas não se deve identificá-los: há escribas Saduceus e outros, independentes. De­pois de entrarem para o Sinédrio, é do alto deste lugar que vão pouco a pouco impor suas concepções, inclusive no plano litúrgico, a todo Is­rael, e até mesmo aos Saduceus.

Nesta sociedade judaica, em que todo o edifício social parece es­tático, determinado pelo nascimento (sacerdote ou não, judeu puro ou bastardo, família rica ou pobre), os escribas são a prova de que uma promoção social é possível: Hilel começara como mendigo, antes de se tornar um dos personagens mais célebres de Israel; outros são de raça mestiça: isso não os impede de seguir uma carreira prestigiosa e de se impor até mesmo aos reis. Doravante, as qualidades pessoais valem tanto quanto a herança e às vezes mais que ela.

Os escribas fariseus irão ainda mais longe: esforçando-se por es­tender a todo o povo as regras de pureza que eram primitivamente re­servadas aos sacerdotes em exercício, suscitam uma grande esperança nas massas: também elas podem estar próximas de DEUS e portanto ter o poder ou parte dele.3 Insistindo na relação interior com DEUS e numa vida em conformidade com a fé, mais que no culto propriamente dito, os escribas preparam Israel sobretudo para o desaparecimento do Templo e do sacerdócio. Após a catástrofe de 70 d.C, eles se tornam muito naturalmente os chefes do povo eleito e o sacerdócio cede o lu­gar ao rabinismo. Todo esse movimento começa a acontecer e sua fecundidade se exerce desde a época evangélica.

2 Pode-se ler Jo 13 recolocado nesse contexto.


3 Não se deve, pois, julgar as mil e uma prescrições rabínicas com nossa mentalidade moder­na: pensamos que elas escravizavam; elas podiam ser um meio de libertação.

Mas para ser escriba não basta querer: são necessários longos estudos, um conhecimento perfeito da Lei e de todas as tradições orais, algumas das quais são esotéricas, reservadas a alguns estudan­tes seguros; é preciso também um juízo reto, reconhecido pelos outros escribas. Talvez já seja necessária uma "ordenação"? Ela é obrigatória no séc. II e é conferida aos 40 anos. Quando alguém se torna oficial­mente escriba ou doutor da Lei, passa a ter direito de usar uma veste especial, sinal da dignidade adquirida; goza da presidência em quase todas as assembléias e das saudações respeitosas de todos: quando um escriba passa na rua, é normal que as pessoas parem de trabalhar e se voltem para cumprimentá-lo!

Assim o escriba é honrado tanto quanto o sumo sacerdote, quando não mais que ele . . . mas seus honorários não são os mesmos! Pois, assim como DEUS concedeu sua Lei gratuitamente aos filhos de Israel, assim também o escriba deve oferecer gratuitamente seu ensino e seus conselhos. No entanto, ele precisa viver: é-lhe dada, portanto uma retribuição igual à que teria ganho exercendo sua profissão habitual, durante aquele período de tempo em que se utilizou dos seus serviços. Como em geral sua profissão é humilde, os honorários também o são, mas isso não exclui os pequenos presentes que acabam obten­do para os escribas famosos ou idosos um certo status.

A mulher


Não é fácil determinar a condição da mulher na época de CRISTO: é que muitas informações nos são transmitidas por textos rabínicos posteriores. Parece certo que o antifeminismo aumentou no decurso do séc. II da nossa era, tanto no judaísmo como no cristianismo; antes dessa data, ele era muito menos acentuado e é conhecido o sucesso encontrado, no séc. I, pelos fariseus, nos meios femininos. É portanto perigoso — neste como em outros domínios — extrapolar as informa­ções que temos e dizer com certeza se a mulher que apresentamos aqui é somente a de séc. II ou já a do I.

"Compra-se a mulher por dinheiro, contrato e relações sexuais, constata um rabino. Compra-se um escravo pagão por dinheiro, con­trato e tomada de posse. Há então diferença entre a aquisição duma mulher e a dum escravo? — Não!" Essa definição apresenta bem a condição feminina: como o escravo, a mulher depende de seu senhor-marido e tem que assumir todas as tarefas; não pode aproveitar-se nem dos rendimentos do seu trabalho nem do que ela achar; só está sujeita aos mandamentos negativos ou gerais da Lei e não aos que es­tão ligadas a um tempo preciso: senão, como haveria de ocupar-se das crianças ou das tarefas do lar? Se não lhe é proibido interessar-se pela Lei e pelas tradições, é muito desaconselhado, no entanto, ensinar-lhe demais a respeito disso, pois "aquele que ensina a Torá à sua filha ensina-lhe a prostituição"!

O lugar da mulher é em casa, ocupando-se dos filhos e da casa e fiando a lã, na Judéia, ou o linho, na Galiléia: os textos prevêem a quantidade mínima que ela deve fiar ou tecer por semana, quantidade esta que é reduzida se ela amamenta um filho de menos de dois anos. Ela nada tem a fazer fora de casa e se for obrigada a sair, deve guardar o anonimato mais completo, por isso se usa o véu. Se ela conversa com alguém, por exemplo para pedir uma informação, deve-se respon­der-lhe o mais brevemente possível; fora disso, não se lhe deve dirigir a palavra, nem sequer para cumprimentá-la. Diante dum tribunal, ela jamais é admitida como testemunha e menos ainda como juíza. Na si­nagoga ela tem seu lugar; no entanto, pode haver lá uma infinidade de mulheres, se não houver dez homens adultos, é impossível celebrar o ofício.

Ela deve ainda aceitar que seu marido divida sua afeição entre ela e outras mulheres, quer sejam esposas como ela, quer sejam concubinas, ou até mesmo escravas. Notemos no entanto que a poligamia é muito rara e isso em primeiro lugar por razões econômicas (ver p. 70).

Mas a mulher é também filha de Israel, o que lhe confere direitos. Tem direito a um mínimo vital: seu marido é obrigado a lhe dar o ne­cessário em alimento, vestes e dinheiro para uso próprio, sem o que ela pode se queixar perante um tribunal que, após inquérito, obrigará eventualmente o marido a se divorciar: Ela também tem direito à dignidade: se ela cai na escravidão, o marido deve fazer tudo para resgatá-la; se ela está doente, ele deve conseguir-lhe os medicamentos neces­sários; enfim, ele não pode lhe impor votos contrários à sua dignidade nem obrigá-la à prostituição. Finalmente, ela não pode ser repudiada de qualquer maneira: o contrato de matrimônio é ao mesmo tempo um freio para os desatinos do marido e uma garantia para a mulher (ver p. 70).

Tal é a situação jurídica que se deduz dos textos antigos, mas a realidade é, de fato, menos sombria; principalmente na roça, se vêem mulheres ajudando os maridos nos trabalhos da lavoura, outras se dedicando ao comércio. O amor conjugal está longe de ser desconhecido e sabe transfigurar todas as leis, tanto assim que em resposta a cada crítica ou razão para se desconfiar das mulheres, na literatura antiga, pode-se citar um testemunho exatamente contrário.

Não esqueçamos tampouco as diferenças provenientes da situa­ção social, da possibilidade ou não de ter servos e servas. Em certas ci­dades, o fato de as famílias judias viverem lado a lado com famílias pa­gas de mentalidade greco-romana onde a mulher tem uma situação bem diferente, não deve ter deixado de criar problema ou de influen­ciar os costumes.



DEFINIÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA DE PROSPERIDADE



Existem diferentes termos hebraicos, no Antigo Testamento, para prosperidade, destacamos tsalach, no sentido de prosperidade material e econômica (Gn. 24.21; 39.2; Jr. 12.1) e o verbo sakal, que ocorre sessenta vezes, este no sentido de desfrutar das bênçãos prometidas para Israel em Canaã (Dt. 19.9; Js. 1.7). Mas no Novo Testamento, as alusões à prosperidade são reduzidas, isso porque essa não é uma das prioridades da igreja cristã, contrariando o que costuma acontecer nos arraiais neopentecostais (ou pseudopentecostais).  O termo euporia, que ocorre em At.19.25, tem o significado de prosperidade, bem como o de riqueza, e é apresentado em um sentido negativo, em que religiosos se aproveitam das pessoas para fazer fortuna. Em sentido positivo, esse termo se encontra em At. 11.29, ao registrar que os irmãos decidiram, de acordo com suas posses, ajuda para os irmãos da Judéia. Em I Co. 16.1, Paulo orienta aos irmãos de Corinto para que façam uma coleta para os santos da Galileia, conforme a cada um tenha prosperado (euodoo em grego) ao longo da semana. A doutrina da prosperidade, como propalada nos dias atuais, não tem fundamento bíblico-teológico no Novo Testamento (Pb. José Roberto A. Barbosa- www.subsidioebd.blogspot.com).



RESUMO RÁPIDO (Ev. Henrique):



Existe, inegavelmente, hoje, um grande problema na igreja em relação à assistência social e isso se deve principalmente pela falta de obediência e prática da Palavra de DEUS. Foram escolhidos pela própria igreja, na época dos apóstolos, sete homens, com pelo menos três condições básicas para a tarefa de distribuir alimentos e ajuda aos necessitados: deveriam os candidatos serem medidos por seu grau de comunhão com o ESPÍRITO SANTO(Cheios do Mesmo); por seu grau de conhecimento da Bíblia (cheios de sabedoria) e por seu grau de testemunho cristão (boa reputação).

O que vemos hoje são pessoas com muita necessidade financeira e sem nenhum dos requisitos exigidos pela Palavra de DEUS sobre "esse tão importante negócio", em nossas igrejas. Daí o resultado não ser satisfatório ao esperado.

Muitas vezes encontramos entre as doações roupas rasgadas ou em péssimas condições para serem usadas pelos necessitados. Encontramos alimentos com problemas de validade e muitos sem qualquer condição de serem aproveitados.

Algumas vezes encontramos irmãos que não doam por saberem que as pessoas que foram designadas para cuidarem desse departamento estão desviando essas ajudas para si próprias ou para parentes que muitas vezes nem têm tanta precisão como outros na comunidade.

O ideal seria ajudarmos primeiro os domésticos da fé, ou seja, os de nossa congregação, depois os de outras congregações, depois os de outras denominações e depois os que ainda não são evangélicos, mas que todos na comunidade fossem beneficiados, inclusive os que não são da igreja, e caso ainda sobre, devemos doar aos necessitados de outros bairros, de outras cidades e até mesmo de outros países. Isso agrada a DEUS e faz prosperar os que assim procedem para que possam abundar mais e mais nesse "tão importante negócio".

O ideal é que tenhamos asilos, creches, hospitais, colégios, centros de recuperação para drogados e viciados, casa para idosos, casa de abrigo para órfãos e sem-teto.

Temos certeza que em cada guarda-roupa de crente existe pelo menos um par de roupa para ser doado; em cada despensa um sabonete, um creme dental, um pacote de biscoito, um quilo de arroz, um quilo de feijão, etc...

Experimente ser cristão praticante, vale a pena!!!!!!!!!!

Sem fé é impossível agradar a DEUS, as obras não salvam, mas a fé é cheia de boas obras na vida do verdadeiramente salvo, pois de nada vale a fé sem obras.

O ser humano é corpo, alma e espírito - as três áreas precisam ser cuidadas com amor pelos seguidores Daquele que mais amou, aponto de nos dar sua própria vida - JESUS CRISTO.



Como se coloca a questão da ação social hoje? De múltiplas maneiras. Não há uma só forma de atuar. Do ponto de vista da relação com a missão da igreja, há diferentes aspectos em jogo. Fazer para dentro ou para fora (priorizando os membros de igreja ou qualquer pessoa que precise)? Com quem fazer (referência eclesial ou como “fermento na massa”, sozinhos ou em redes e parcerias)? Com que objetivo ou horizonte de mudança (imediato, de médio e longo prazo, local, regional, nacional, assistencial, transformador)?



Do ponto de vista das modalidades de atuação, há também diferentes possibilidades:

1. Desenvolvimento de uma consciência e crítica profética diante da situação social, aprendendo a compreender os fenômenos sociais para além de impressões, prejulgamentos, preconceitos, ou de leituras puramente espirituais ou religiosas dos mesmos;



2. Realização da filantropia, nos casos em que é preciso atender às necessidades emergenciais ou àqueles setores mais pobres entre os pobres, mais discriminados socialmente, ou incapacitados para o trabalho ou para cuidarem de si mesmos, que precisam de constante apoio e provisão;



3. Atuação profissional, pondo a serviço dos setores excluídos da sociedade o saber e a experiência que existem no meio evangélico e que muitas vezes só são exercidos em proveito próprio (melhorar de vida, ganhar mais dinheiro, consumir mais);



4. Envolvimento em ações coletivas, participando de iniciativas de auto-organização da comunidade, da vizinhança, de uma categoria social, de um grupo de pessoas que se sentem discriminadas ou excluídas de alguma maneira; tomando a iniciativa e oferecendo recursos humanos e institucionais da igreja para a organização ou mobilização desses grupos; dando apoio público a movimentos desse tipo, quando solicitada ou quando sentir-se solidária com as demandas ou questões defendidas;



5. Atuação política, em nível supra-partidário, ou, em se tratando de indivíduos, pequenos grupos ou movimentos de cristãos, partidariamente, no apoio a projetos que visem a transformar a sociedade no sentido da liberdade, da igualdade e da solidariedade;



6. Desenvolvendo uma espiritualidade do serviço e da libertação, que integre na experiência de fé dos membros das igrejas, inclusive daqueles que não atuam diretamente na ação social, a compreensão de DEUS que nos ensina a falar, orar, agir com vistas à transformação de toda a humanidade e das pessoas como seres integrais(corpo e espírito), bem como de toda a criação, obra das mãos de DEUS.



A prática social da Igreja pode ser um testemunho da sua missão integral. Há muitos e não pequenos desafios a enfrentar. E como em muitas outras situações na história da igreja, não é possível esperar pela maioria para tomar a iniciativa. O importante é tentar sensibilizá-la para ser fiel ao chamado integral de DEUS à sua igreja. Se e onde isso não acontecer, sejamos movidos por nossa convicção de estar sendo fiéis a DEUS e, mesmo compreendendo em amor as resistências, não cedamos, não nos dobremos a elas. O conservadorismo de maioria, ao longo da história, nem sempre foi testemunha de fidelidade, equilíbrio e compromisso com a paz e a justiça. Houve e há horas em que temos que nos erguer e assumir a responsabilidade, diante de DEUS e dos outros ao nosso redor, de ser agentes de mudança na produção de sinais do Reino de DEUS.


  • LIÇÃO 3- OS FRUTOS DA OBEDIÊNCIA NA VIDA DE ISRAEL


TEXTO ÁUREO
 “E será que, havendo-te o SENHOR, teu DEUS, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal” (Dt 11.29).
   
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade é o resultado de um correto relacionamento com DEUS e da obediência à sua Palavra.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 27.13 A desobediência quebra a aliança com DEUS 
Terça - Dt 28.1 A obediência gera a prosperidade 
Quarta - Dt 28.18-25 A desobediência traz graves conseqüências
Quinta - 1 Sm 15.19,20 Atentando para a voz do Senhor
Sexta - 2 Rs 24.14,15 A desobediência traz a derrota 
Sábado - 2 Rs 10.30,31 A obediência não pode ser parcial
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Deuteronômio 11.26-32
26 - Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: 27 - a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso DEUS, que hoje vos mando; 28 - porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso DEUS, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes. 29 - E será que, havendo-te o SENHOR, teu DEUS, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal. 30 - Porventura não estão eles daquém do Jordão, junto ao caminho do pôr do sol, na terra dos cananeus, que habitam na campina defronte de Gilgal, junto aos carvalhais de Moré? 31 - Porque passareis o Jordão para entrardes a possuir a terra que vos dá o SENHOR, vosso DEUS; e a possuireis e nela habitareis. 32 - Tende, pois, cuidado em fazer todos os estatutos e os juízos que eu hoje vos proponho.
 
11.26 A BÊNÇÃO E A MALDIÇÃO. Deus colocou diante do seu povo a escolha: a bênção ou a maldição. Se obedecessem à Palavra de Deus e permanecessem separados do pecado e da iniqüidade das nações em derredor, a bênção de Deus viria e ficaria com eles (ver 28.1-14). Se, por outro lado, adotassem os caminhos dos ímpios, a maldição de Deus cairia sobre eles (ver 28.15-68).
(1) Infelizmente, a maioria dos israelitas não levou a sério a advertência de Deus. Constantemente adotavam os caminhos dos ímpios e então padeciam sob a maldição divina.
(2) Deus coloca a mesma escolha (i.e., "a bênção e a maldição") diante do crente do NT. Se renunciarmos ao pecado, seguirmos a Cristo e o servirmos continuamente, teremos sua bênção e seu poder. Se deixarmos a Deus e seus justos caminhos, não teremos a sua presença, sua prosperidade e nem sua ajuda e sua proteção.
 
11:26 uma bênção e uma maldição. Esta introdução para a cerimônia de bênção e maldição que estava a ter lugar em Ebal e Gerizim é reiterada em Dt 30.19 no final do discurso de Moisés. Sob inspiração divina, Moisés enfatiza a obrigação do povo a amar a Deus e obedecer a Seus mandamento
11.27. A carne - Excetuando o que deve ser queimado para Deus, honra é dada ao sacerdote de acordo com a sua nomeação.
11:29 monte Gerizim ... Monte Ebal. A cerimônia em si foi realizada de acordo com a direção de Josué (Js 8:30-35). As frases "no outro lado do Jordão, na direção do sol poente" (v. 30) aponta para uma localização em Canaã (isto é, a oeste da Jordânia). Segundo o Gn 12.6, as árvores "carvalho de Moré" está perto de Siquém. A localização precisa da Gilgal é incerto, mas parece ter sido perto de Jericó (Js 4:19). Os cananeus habitavam este território, e não há nenhuma razão para duvidar da identificação habitual destas montanhas como as duas montanhas perto de Siquém, montado na estrada principal norte-sul.
 
PARA QUEM CUMPRE A ALIANÇA - BÊNÇÃOS, MAS PARA QUEM NÃO CUMPRE, MALDIÇÕES.
 
 
INTERAÇÃO
 Esta lição é de inquestionável importância diante do que temos visto e ouvido no meio evangélico e em nossa sociedade. Atualmente a palavra obediência parece andar um tanto esquecida. Fala-se muito em bênçãos e prosperidade, todavia, muitos se esquecem de que as bênçãos são decorrentes da obediência aos princípios divinos. Obedecer a DEUS não é um fardo, mas uma alegria, pois o amamos. A obediência é uma prova viva de amor ao Pai Celestial.
DEUS é bom e quer nos abençoar integralmente. Entretanto, Ele também é justiça. A justiça do Pai, assim como a sua bondade, atinge todas as áreas de nossas vidas.
 
OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender que obediência a DEUS é a condição indispensável para um viver próspero.
Conscientizar-se de que a desobediência é a causa da maldição.
Citar algumas das conseqüências da obediência na vida do crente.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você inicie a aula levantando a seguinte questão: “De onde procedem tanta violência e males em nossa sociedade?”. Ouça os alunos com atenção e explique que muitos males são advindos da desobediência aos princípios divinos. Enfatize o fato de que a desobediência gera maldição. Depois, reproduza no quadro de giz o esquema abaixo e mostre algumas das conseqüências da desobediência relacionadas no texto de Deuteronômio 28. Enfatize o fato de que não podemos desenvolver uma relação descompromissada com DEUS. As conseqüências são trágicas!
 
MALDIÇÕES PARA A DESOBEDIÊNCIA SEGUNDO DEUTERONÔMIO 28
    •     Pestilência (v.21);
    •     Consumo pela ferrugem e destruição das sementeiras (v.22);
    •     Enfermidades (febre, inflamação, úlceras, tumores, sarna) (vv.22,27);
    •     Seca (v.24);
    •     Céus de bronze e terra de ferro (v.23);
    •     Não poderiam resistir os inimigos (v.25);
    •     Dispersão do povo de DEUS (v.64);
    •     Redução do povo (v.62).
 
RESUMO DA LIÇÃO 3, OS FRUTOS DA OBEDIÊNCIA NA VIDA DE ISRAEL
I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
1. DEUS fala e quer ser ouvido. 
2. A obediência e suas reais motivações. 
II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
1. A quebra da aliança. 
2. A maldição da idolatria. 
III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES 
1. A bênção como instrumento de proteção. 
2. Período tribal e monárquico. 
3. As falsas ideias sobre maldição. 
 
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Somente através da observância da Palavra de DEUS, podemos experimentar a verdadeira prosperidade.
SINOPSE DO TÓPICO (II) 
A maldição é resultado do desprezo aos preceitos divinos.
SINOPSE DO TÓPICO (III) 
Muitos infortúnios na vida do crente são resultados da desobediência à Palavra de DEUS e não de supostas maldições hereditárias.
 
VOCABULÁRIO
Mandatário: Aquele que recebe mandato ou procuração para agir em nome de outro.
Monarquia: Forma de governo cujo chefe de Estado tem o título de Rei ou Rainha.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Vol. 1, RJ: CPAD, 2005.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I -  Subsídio Teológico 
“Maldição
Às várias palavras hebraicas e gregas para maldição, denotam a expressão de um desejo ou oração para que o mal sobrevenha a alguém. Esta ideia encontrou uma grande variedade de usos na vida de Israel, e era universalmente conhecida entre os seus vizinhos. Os termos de um contrato ou tratado eram protegidos pelas maldições ou imprecações dirigidas a qualquer um que violasse o acordo no futuro. Medidas semelhantes de segurança são encontradas nas inscrições reais, onde maldições eram pronunciadas sobre qualquer um que pudesse alterar ou destruir a inscrição. Maldições também eram dirigidas contra assassinos (Gn 4.11,12), assim como contra os inimigos que no futuro pudessem prejudicar alguém (2 Sm 18.32), ou que já estivessem prejudicando alguém (Jr 12.3). Na verdade, as maldições eram empregadas onde quer que estivessem faltando as medidas punitivas e protetoras, ou onde estas estivessem presentes porém fossem consideradas inadequadas.
Quando se trata de DEUS, amaldiçoar é um termo antropomórfico que expressa o desagrado divino ou uma justiça vingadora (por exemplo, Gn 3.14-19; 5.29; 12.3). A antítese natural de todas essas maldições é a bênção. A eficácia da maldição dependia basicamente da aprovação e execução divinas” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed., RJ: CPAD, 2009, p.1202).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico 
“Pronunciarem a maldição (Dt 27.13) — A palavra específica para maldição usada aqui (me’erah) significa um ato de intimação. Esse substantivo e seu verbo (‘arar) fazem mais do que definir as consequências de atos errados. Servem como uma declararão judicial de punições que DEUS havia imposto. A pessoa ou coisa amaldiçoada está de uma maneira significativa presa, enfraquecida, limitada e incapaz de fazer o que, de outro modo, tivesse condições. Aqui, como em outras violações da lei divina, a maldição não é pronunciada depois do ato, mas está ligada ao ato; assim, alguém é ‘automaticamente’ amaldiçoado quando peca. Quão fútil pensar, como alguns fazem, que ‘eu estarei salvo, mesmo que persista em andar à minha própria maneira (Dt 29.19)’.
O cativeiro (28.15-68). Essa passagem esboça os cada vez mais severos julgamentos que as futuras gerações podem esperar se persistirem em violar os estatutos de DEUS, e afastar-se Dele para a idolatria. A culminante punição é o cativeiro (vv.63,64). Essa punição final é vividamente descrita nos versos 64-68, e é frequentemente encontrada nos profetas. Entre as advertências dos profetas baseadas nessa passagem de Deuteronômio estão: Is 5.13; Jr 13.19, 46.19; Ez 12.3-11; Am 5.27; 6.7; 7.11-17, etc. Essas advertências tornaram-se mais frequentes quando o restante das condenações encontradas em Deuteronômio 28 foram impostas e ignoradas por Israel.
O que realmente aconteceu? Séculos depois que Moisés escreveu as palavras de advertência, o povo de Israel dividiu-se em duas nações, norte e sul. O Reino do Norte, chamado Israel, foi subjugado. O seu povo levado em cativeiro pelos assírios em 722 a.C. O Reino do Sul, Judá, sobreviveu somente até 586 a.C, quando, após uma série de deportações, os babilônios finalmente destruíram Jerusalém” (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse, capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2009, p.138).
 
 
 ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL-2011








4º TRIMESTRE






NEEMIAS - Integridade e Coragem em Tempos de Crise

6º LIÇÃO- NEEMIAS LIDERA UM GENUÍNO AVIVAMENTO

TEXTO ÁUREO

"E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação [u.] E leu nela [...] desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e sábios; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei" (Ne 8.2,3)

VERDADE PRÁTICA

Somente o genuíno 'ensino, da Palavra de DEUS é capaz de produzir um verdadeiro avivamento.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Am 8.11 Fome e sede da Palavra
Terça - Rm 12.7 Ensino com dedicação
Quarta - Le 11.28 São felizes os que ouvem a Palavra
Quinta - Jó 34.3 O ouvido prova as palavras
Sexta - Ez 3.3 Doce como o mel é a Palavra de DEUS
Sábado - Ne 8.9,10 Um dia consagrado ao Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Neemias 8.1-3,5,6,9,10

1 - E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel. 2- E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres e de todos os sábios para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês. 3- E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e sábios; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei. 5- E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. 6 - E Esdras louvou o Senhor, o grande DEUS; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! -, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em terra. 9 - E Neemias (que era o tirsata), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor, vosso DEUS, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei. 10- Disse-Ihes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entris teçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força. Prezado professor, estudaremos hoje o avivamento ocorrido em Israel sob a liderança de Neemias. O que ali se deu, só foi possível através da leitura e da compreensão que os filhos de DEUS obtiveram da Lei. Devemos compreender que um genuíno avivamento só pode ser deflagrado, com o estudo e prática da Palavra do Senhor DEUS. "Avivamento" sem doutrina bíblica é apenas movimento passageiro que não dá frutos.



INTRODUÇÃO NOSSA:

O avivamento é antes de tudo um amor à Palavra de DEUS e às almas perdidas, despertados pelo desejo de agradar a DEUS, fazendo sua obra.
O avivamento é uma cachoeira do ESPÍRITO SANTO derramada sobre poucos no início, mas que se estende desde o mais tenro menino até atingir o mais idoso dos homens, também contagia os descrentes e doentes de toda uma cidade, podendo chegar a mudar costumes e hábitos de toda uma sociedade.
O início de todo grande avivamento é com a descoberta da Palavra de DEUS.
É a partir do amor à Palavra que nasce o desejo de orar, jejuar, adorar, louvar e evangelizar.
Infelizmente muitos avivamentos nascem através de uma pessoa e quando esta pessoa se afasta, o avivamento perde força e se acaba; por isso, nunca devemos apoiar nosso avivamento em cima de uma só pessoa com o líder, mas colocarmos diversos mestres no centro do mesmo.
Quando não se consegue manter o avivamento, o prejuízo de almas e a entrega ao mundanismo se alastra como chamas de um grande incêndio.
Num grande avivamento, os líderes, tanto políticos como religiosos, se assentam para ouvir a instrução de mestres e se sujeitam à Palavra de DEUS.


OBJETIVOS DA LIÇÃO - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que um genuíno avivamento só pode ocorrer à partir do estudo e da prática da Palavra de DEUS.
Compreender que a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de DEUS.
Conscientiza se de que o genuíno avivamento ocorre quando há entendimento da Palavra de DEUS.




PARA ESTA LIÇÃO, VEJAMOS A LIÇÃO 13 - A DOUTRINA PRODUZ O AVIVAMENTO - 24 de dezembro de 2006  


QUARTO TRIMESTRE DE 2006


TEMA – As verdades centrais da fé cristã


COMENTARISTA : Claudionor Correa de Andrade



É seguindo fielmente os trilhos que a locomotiva, balançando e apitando, chega a seu destino, Assim também aqueles que querem adentrar as mansões celestiais devem seguir firmes os ensinamentos da Bíblia, a Palavra de DEUS, sabendo que muitas serão as tribulações da viagem, mas prossegue-se pregando o evangelho e transmitindo a todos os passantes que JESUS está chegando. 

  
LIÇÃO 13 - A DOUTRINA PRODUZ O AVIVAMENTO

“Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). 
 O avivamento só é possível através do estudo amoroso, persistente e sistemático da Bíblia Sagrada.

 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


NEEMIAS 8.2,3,5,6

1 E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
2 E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres e de todos os entendidos para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês.
3 E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e entendidos; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei.
4 E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estavam em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, e Sema, e Anaías, e Urias, e Hilquias, e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, e Misael, e Malquias, e Hasum, e Hasbadana, e Zacarias, e Mesulão.
5 E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6 E Esdras louvou o SENHOR, o grande DEUS; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!?, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.
7 E Jesua, e Bani, e Serebias, e Jamim, e Acube, e Sabetai, e Hodias, e Maaséias, e Quelita, e Azarias, e Jozabade, e Hanã, e Pelaías, e os levitas ensinavam ao povo na Lei; e o povo estava no seu posto.
8 E leram o livro, na Lei de DEUS, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
9 E Neemias (que era o 3tirsata), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso DEUS, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.

8.1 TODO O POVO SE AJUNTOU. Os caps. 8-10 descrevem um dos maiores avivamentos do AT e apontam vários princípios fundamentais para um avivamento e renovação espirituais. O avivamento e a renovação, procedem exclusivamente de DEUS. Os instrumentos que o propiciam são: a Palavra de DEUS (vv. 1-8), a oração (v. 6), a confissão de pecados (cap. 9), um coração quebrantado e contrito (v. 9), renúncia às práticas pecaminosas da sociedade contemporânea (9.2) e renovação do compromisso de andar segundo a vontade de DEUS e de fazer da Palavra de DEUS o nosso viver (10.29).

8.3 ESTAVAM ATENTOS AO LIVRO DA LEI. O avivamento teve início mediante um autêntico retorno à Palavra de DEUS e um esforço decisivo para a compreensão da sua mensagem (v. 8). Durante sete dias, seis horas por dia, Esdras leu o livro da lei (vv. 3,18). Uma das principais evidências de um avivamento bíblico entre o povo de DEUS é a grande fome de ouvir e ler a Palavra de DEUS.

8.6 INCLINARAM-SE E ADORARAM O SENHOR. Este capítulo da Bíblia descreve um dos maiores cultos de adoração ao Senhor, de todos os tempos. DEUS deseja a adoração do seu povo e o conclama a adorá-lo continuamente (cf. Sl 29.2; 96.9).

8.7 ENSINAVAM AO POVO NA LEI. Por meio de Esdras e dos levitas, vemos o que deve acontecer sempre que a Palavra de DEUS for ministrada aos fiéis. Muitos dos que voltaram do exílio, já não entendiam o hebraico, uma vez que o seu idioma era agora o aramaico.

Por isso, quando as Escrituras eram lidas em hebraico, um grupo de homens dedicados fazia a interpretação para o aramaico, de tal maneira que os fiéis pudessem compreendê-las a aplicá-las à sua vida. Deste modo, o povo se regozijou "porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber" (v. 12). A Palavra como revelação divina, o arrependimento, o avivamento espiritual e a alegria estão todos potencialmente presentes; eles serão desencadeados pelo ESPÍRITO SANTO, através de mensageiros ungidos que proclamem a Palavra de DEUS, com clareza, poder e convicção.

8.9 TODO O POVO CHORAVA, OUVINDO AS PALAVRAS DA LEI. Quando o povo ouviu e entendeu a Palavra de DEUS, todos experimentaram uma profunda convicção do pecado e da culpa. (1) Os trechos da lei que continham uma clara revelação da condição espiritual do povo podem ter sidos Lv 26 e Dt 28; trechos estes que falam da bênção ou juízo divino, conforme a obediência ou desobediência do povo à Palavra de DEUS. (2) Nos avivamentos, o choro, quando acompanhado de profundo arrependimento (cf. cap. 9), é um sinal da operação do ESPÍRITO SANTO (ver João 16.8). Sentir tristeza pelo pecado e abandoná-lo resulta em perdão divino e alegria da salvação (ver v. 10; Mt 5.4).



AVIVAMENTO

Hc 3.2 Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.
Por que razão um DEUS justo silencia e nada faz, quando os ímpios (neste caso, Babilônia uma nação pagã e perversa) devoram aqueles que são mais justos do que eles? Esta foi a  maior dúvida e queixa de Habacuque quando escreveu seu livro. O profeta sabia que o povo em pecado, se inclinando para a violência e injustiça seria, obviamente, submetido ao juízo divino. Ele também tinha convicção de que os caldeus serviriam apenas como instrumento deste justo castigo. Porém, apesar de toda compreensão, ele precisava urgentemente interceder por seu povo. Em meio a tantas indagações, o profeta ora fervorosamente ao Senhor solicitando-Lhe providências e a sua manifestação poderosa em favor de sua nação, pois, caso contrário, não sobreviveriam diante do poderio babilônico. Era necessário uma revolução espiritual para despertar o povo para o arrependimento e, quem sabe, usufruírem  da misericórdia, benevolência e  renovação do Senhor.
1) Medite nos Salmos 80.18,19; 85.4-7; 138.7,8 e responda a pergunta: O que significa avivamento nesses textos?
2) Qual a bênção do avivamento descrita em Oséias 6.1-3 e 14.7?
3) Como você acha que sua igreja pode vivenciar o avivamento?
4) Qual seria o efeito de uma avivamento em sua comunidade?

INTRODUÇÃO
Livro de Habacuque, um profeta de Judá, quase desconhecido, mas o que DEUS a ele transmite sobre avivamento é de grande peso espiritual e precisa ser cada vez mais conhecido pelo povo de DEUS.

I. O AMBIENTE DO AVIVAMENTO

 O profeta Habacuque escreveu o seu livro pouco antes do seu povo ser subjugado pelos babilônios e levado em cativeiro. O povo de Israel vivia então em grande declínio espiritual como é evidente em passagens como em Habacuque 1.2-5.
1. Oração profunda. “Oração do profeta Habacuque” (v.1).
Oração pessoal, a partir do profeta de DEUS. Todos devem orar muito por um avivamento poderoso, glorioso e soberano, enviado por DEUS.Todos os avivamentos da Bíblia e da história da igreja foram marcados e conservados na atmosfera da oração, jejum, arrependimento, confissão expontânea, quebrantamento de espírito, humilhação diante de DEUS e santidade.
Há crentes que até oram bem quando em grupo, no culto ou noutro lugar, mas sozinhos não; mas precisamos intensificar também a nossa oração intercessória pessoal pela obra de DEUS, como fez Habacuque.
2. Louvor no ESPÍRITO. “Sobre sigionote” (v.1). Trata-se de um termo musical plural, cujo singular (“sigaiom”) aparece na epígrafe do Salmo 7. É uma diretriz para o regente de música sacra na casa de DEUS, que o nosso espaço aqui não comporta detalhar. É também o caso do termo musical “selá” que aparece em 3.3,9,13. Habacuque foi certamente um obreiro levita músico. Em 3.16 ele faz alusão a “meus instrumentos de música”. Ele era um crente-músico, que dependia primeiro da fé em DEUS (2.4), e não primeiramente um músico-crente, que dependesse primeiro da música.Uma igreja reavivada inclui abundante “música de DEUS” (1 Cr 16.42). Em inúmeras congregações nossas, a verdadeira música sacra morreu; seu espaço é preenchido com música e canto tipo passatempo, diversão, animação; sem peso, sem mensagem, sem vida, sem unção, sem melodia, sem graça, sem oração, sem endereço, sem nada.Quando teremos outra vez no culto profetas de música realmente sacra, santa, bíblica, espiritual? “Cânticos espirituais”, que brotam primeiro como fontes, do coração crente (Ef 5.19).3. A Palavra de DEUS. “Ouvi, Senhor, a tua Palavra” (v.2). A Palavra de DEUS abundante, fluente, poderosa, revigorante e renovadora é o grande agente divino para o avivamento. Hoje a Palavra saiu dos púlpitos da maioria das igrejas e foi substituída ardilosamente e quase sempre por música, festas, jograis e apresentações que são “sacrifícios de tolos” que DEUS aborrece.Mas não é só no culto que a mensagem do evangelho foi abafada; também nos periódicos, nas emissoras, no vídeo, etc.
3.Temor de DEUS. “E temi” (v.2). Sem renovação espiritual constante na sua vida, o crente perde aos poucos o repúdio ao pecado, sua sensibilidade espiritual diminui e o temor de DEUS também. Isso afeta seriamente as coisas de DEUS, os valores espirituais, principalmente a santidade de vida e a retidão no viver cotidiano.
4. Renovação espiritual. “Aviva, ó Senhor, a tua obra” (v.2). Precisamente falando, avivar, tem a ver com quem já morreu, e reavivar, com quem ainda tem vida. O anjo da igreja de Sardo tinha nome no rol dos vivos, mas estava morto espiritualmente (Ap 3.1). A nova vida em CRISTO é chamada ressurreição (Cl 3.1; 2.13; Ef 2.1; 5.14). Verdades pertinentes à renovação espiritual:
a) Avivamento do povo. A “obra” de DEUS a ser avivada no v.2 é o seu povo e não as instituições, seus pertences e objetos. Ver Is 29.23 “seus filhos, a obra das minhas mãos”; Ef 2:10 “somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS ”.Que é avivar espiritualmente? É uma operação soberana, irresistível e sobrenatural do ESPÍRITO SANTO na igreja para trazê-la de volta ao real cristianismo bíblico como retratado no livro padrão da igreja – Atos dos Apóstolos. Ao avivar e reavivar a igreja, Ele salva crentes inconversos dentro da igreja, liberta os crentes carnais, realiza prodígios (e não apenas milagres conhecidos), levanta os caídos. JESUS batiza multidões com o ESPÍRITO SANTO, os crentes buscam a vida santificada, os perdidos buscam a salvação (como nos avivamentos de Mt 3.1-5; At 16.30) e prevalece o espírito de unidade de alma entre os crentes e não apenas união de cabeças, externa, egoísta e efêmera. Ver Jo 6.66,67.
a) O momento do avivamento. “No meio dos anos” (v.2). Isto é, agora. “Meio” fala também de equilíbrio.
b) O esvaziamento do eu. “Lembra-te da misericórdia” (v.2). No avivamento, méritos humanos são esquecidos e só DEUS é glorificado do maior ao menor, na unidade do ESPÍRITO.


 II. OS FATOS DO AVIVAMENTO 

 O profeta Habacuque primeiro “viu” certos fatos de um avivamento (1.1; 2.2,3; 3.7). Ele era homem de fé, a qual vê o invisível de DEUS, que a visão espiritual comum não alcança. Mas o profeta também “ouviu” de DEUS (3.2,16). No avivamento que iniciou-se em Jerusalém e propagou-se pela Judéia, Samaria e até aos confins da terra, certos fatos sobrenaturais aconteceram. Ouviu-se do céu um som como de um volumoso vento, rápido e forte. Foram vistas línguas repartidas como que de fogo. O ESPÍRITO SANTO encheu a todos, e falaram noutras ínguas.
O que chamam de avivamento em muitos lugares não é “do céu” (At 2.2), mas de homens e mulheres, que estão enganando, ou foram enganados.
1. O que DEUS fez ontem pode fazer hoje. “DEUS veio de Temã” (v.3).A partir daqui o profeta faz um resumo dos feitos miraculosos de DEUS ao tirar Israel da servidão do Egito, conduzi-lo através do deserto consumidor e estabelecê-lo em Canaã, ocupada por poderosas nações pagãs. Temã era a invencível cidade-fortaleza, capital de Edom. Designava também o território a leste do deserto de Parã. Nada pode se suster diante do poder de DEUS. Nos vv. 3-15, os atos de DEUS em favor de Israel estão todos no tempo passado! DEUS fez! (Dt 33.2). DEUS ainda está no controle da situação decadente da igreja em muitos lugares, mesmo parecendo que os maus adoradores e maus obreiros estão a fazer como lhes apraz. O grande avivamento que deu origem a Assembléia de DEUS e outras igrejas do mesmo quilate, no início do século passado, DEUS pode reconduzi-lo, e ainda maior, se nós o seu povo lhe clamarmos dia e noite, humilhados na sua presença. Ler 2 Cr 7.14,15. Não são os incrédulos que impedem um avivamento do alto, na igreja; são os crentes, quando se entregam a negligência, ao mundanismo (2 Cr 7.14).
2. Santidade. “O SANTO” (v.3). Assim DEUS é declarado. Ele é santo num sentido único, e seus seguidores precisam ser santos. Os atos gloriosos que DEUS realizou no meio de Israel durante a peregrinação no deserto e o culto divino no tabernáculo em todos os pormenores falavam da santidade de DEUS. Ele não modificou seus padrões. Hoje fala-se muito em poder, mas pouco em santidade, o que denota um falso evangelho, pois a santidade é um atributo de DEUS tanto quanto o seu poder. No princípio das Escrituras DEUS anunciou ao seu povo, “sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44). No final do Novo Testamento DEUS volta a anunciar a mesma verdade, em 1 Pe 1.15,16 mostrando assim que a santidade deve ser uma virtude perene do seu povo.
3. Gloria divina manifesta. “A sua glória cobriu os céus” (v.3). A igreja é no presente a habitação de DEUS aqui (2 Co 6.16), assim como o foi seu povo Israel no passado. “Glória na igreja”, está dito em Efésios 3.21. Este é o propósito de DEUS, mas o apego da igreja à desobediência, ao conformismo, à tolerância e transigência quanto às trevas impedem um avivamento. Sempre que a igreja se mistura com o mundo fica parecida com ele como aconteceu com Israel no passado, e a glória divina se afasta.Podemos dar glória, cantar vitórias, simular glória, e falar de glória, mas outra coisa é “a Sua Glória” manifestar-se e permanecer entre nós. É o quadro de Efésios 5.27. Sem esta divina glória na igreja, a morte com sua frieza instala-se. Quando a glória se foi, no passado, veio a tragédia nacional sobre Israel com a perda da arca do concerto, a derrota do exército na batalha e a extinção da fé simbolizada na morte de Eli, o sumo sacerdote, seus dois filhos, e ainda a esposa de um deles.
4. Louvor celestial. “A terra encheu-se do seu louvor” (v.3). Não é louvor artificial, como está a acontecer por toda parte: cânticos e músicas sem unção divina, sem mensagem bíblica, sem endereço certo, com letra deturpada, com melodia, ritmo e andamento copiados do mundo, e que só satisfazem a carne. Um real avivamento do alto santifica também o louvor ao Senhor. É o “seu” louvor (v.3).Observe-se que a Palavra afirma “A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor”. Isto é, o louvor como resultado da presença da glória divina. É a glória de DEUS, sua presença pessoal, direta e abundante, buscada e manifesta que origina a adoração. O louvor, como sacrifício espiritual ao Senhor, por sua vez conduz à adoração, como vemos em 2 Cr 29.27,30.
5. Poder celestial. “Raios brilhantes saiam da sua mão, e ali estava o esconderijo da sua força” (v.4). Como avivar os mortos e reavivar os que “não tem nenhum vigor”, como diz Isaías, senão pelo poder vivificador do ESPÍRITO? (Ez 37.14). Três alusões ao poder avivador de DEUS, no v.4.1) “Raios” é literalmente “chifres”, que na simbologia bíblica fala do poderio; 2) “Sua mão” que reflete poder; uma figura muito difundida na Bíblia; 3) “Sua força”, o poder do Senhor que sempre opera nos avivamentos.Observemos ainda que DEUS não concede seu poder indiscriminadamente: “o esconderijo da Sua força”.
6. Milagres de curas. Adiante dEle ia a peste, e raios de fogo sob seus pés (v.5). As doenças fogem diante de JESUS. “Raízes de Fogo”, a conhecida Versão Berkeley traduz por “febre alta” nas doenças. DEUS opera milagres.
7. O pecado, DEUS não o dissimula. “Parou, e mediu a terra” (v.6). O ato de medir em textos como estes fala de julgamento de pecado. De fato, os avivamentos bíblicos e da história da igreja sempre conduzem o povo de DEUS a uma maior santidade prática de vida, “em toda maneira de viver”, como está escrito em 1 Pedro 1.16.Aquela nossa decisão firme de romper com todo pecado e apegar-se à santidade, quando da nossa conversão, devia continuar pelo resto da vida, o que não acontece, a menos que o crente busque renovar-se e reencher-se do ESPÍRITO, como nos diz Efésios 5.18: “Continuai cheios do ESPÍRITO” (literalmente). 
 
III. A CONTINUAÇÃO DO AVIVAMENTO 

 A história da igreja mostra claramente que vez por outra ela atravessa períodos de marasmo espiritual, apresentando frieza, abertura ao secularismo, organização demasiada e por fim uma quase letargia por falta de vida, poder, fervor e unção que só o ESPÍRITO SANTO comunica. Tal quadro torna-se ainda mais difícil quando os dirigentes de obra também acomodam-se a esse estado anormal de coisas e não advertem, nem conclamam o povo para um completo retorno a DEUS e à uma vida cristã normal, abundante, ativa, zelosa pelas coisas de DEUS e acima de tudo cheias do ESPÍRITO. A Palavra de DEUS por Habacuque, fala-nos de alguns elementos espirituais que um avivamento deve buscar e preservar para que possa continuar. Fica evidente que sem leitura e estudo da bíblia nada permanecerá.
1. Humilhação do povo diante de DEUS (v.16). O quebrantamento de espírito do profeta, aliado à sua profunda humilhação diante de DEUS e seu sentimento de indignidade representa uma das condições do povo para a continuidade de um avivamento. Num avivamento só DEUS é grande e toda glória humana se esvai. Habacuque era um obreiro de destaque no magnificente templo de Jerusalém, mas vêmo-lo aqui quebrantado em seu espírito (“meu ventre; meus ossos; dentro de mim, v.16). A humildade de que DEUS se agrada é primeiramente a de espírito e daí permeia todo o seu ser (Is 57.15; 1 Pe 5.6). Quem é grande em si mesmo não pode ser servo, e quem é servo não pode ser grande em si mesmo.

2. Fé inabalável em DEUS. “Todavia eu me alegrarei no Senhor” (v.18). Uma das proezas da fé são os seus “todavias”, os quais não são muitos na Bíblia, pois trata-se da fé sob prova no sofrimento. No avivamento nem tudo são bênçãos,regozijo, maravilhas do Senhor. De muitas maneiras o inimigo reage contra os santos e a fé é testada; porém, mesmo assim, ainda assim, contudo, todavia, o crente fiel continua firme.Um avivamento real não persistirá se nele vier a predominar o emocionalismo, a imaturidade, a pseudo liderança e a ausência da doutrina bíblica. O segredo é a fé e seu exercício segundo a Palavra (Mt 9.29).
a) Fé independente de prosperidade material. No versículo 17 Está a prosperidade material atingida. É a fé sob prova. É a figueira sem flor, a videira sem fruto, a oliveira sem óleo, os campos sem produção e a extinção dos rebanhos pela perda irreparável de “ovelhas” e “vacas”, que são indispensáveis à reprodução. O “todavia eu me alegrarei no Senhor”, do versículo 18, ensina-nos que nossa fé não deve estar em coisas e bens terrenos, mas no Senhor! Aleluia! Sim, a fé num avivamento real e permanente não deve depender da prosperidade material e sim esta daquela.
b) A fé e sua senda no avivamento. Habacuque é o livro da fé no Antigo Testamento.
1) Em Habacuque capítulo 1, vemos a fé voltada para DEUS, em oração; “a oração da fé”, de que fala Tiago. A situação era terrivelmente crítica em todos os sentidos nos dias de Habacuque, mas aquele profeta-músico afirma sua fé em DEUS, orando (1.2-4, 12-17).
2) No capítulo 2, a fé contempla a visão da vinda do Senhor (vv.2,3) e também o triunfo do justo mediante a fé, até aquele dia, “mas o justo pela sua fé viverá” (v.4; Hb 10.37,38). Na esfera do natural, a praxe é ver para crer, mas na esfera espiritual é crer para ver (v.4; Jo 11.40).
3) No capítulo 3, a fé em DEUS, canta na certeza da vitória. Trata-se de um hino a DEUS (v.19b) contendo uma oração (v.1). Num avivamento bíblico a oração (cap. 1), a fé (cap. 2) e o louvor (cap. 3) são elementos preciosos que se completam.

3. A força do Senhor. “Jeová, o Senhor, é minha força” (v.19). Duas grandes lições divisa-se aqui.
1) A responsabilidade pessoal de cada crente: “minha” (e não apenas nossa).
2) O crente sempre depender do poder do Senhor (força). 
 
CONCLUSÃO
No avivamento bíblico registrado em Habacuque, a oração (cap.1), a fé (cap.2) e o louvor cap.3) são elementos preciosos que se completam.Busquemos ao Senhor incessantemente por este avivamento, e ele certamente virá.
 
LEITURA DIÁRIA

Segunda 2 Rs 23.2,3O avivamento e a Palavra de DEUS.
Terça Ne 8.1-9 O avivamento e o ensino da Palavra de DEUS.
Quarta 2 Cr 7.14 O avivamento e a oração.
Quinta Jn 3.1-10 O avivamento e o arrependimento nacional.
Sexta At 5.1-16 O avivamento e o temor a DEUS.
Sábado 1 Co 13 O avivamento e o amor.


SÍNTESE TEXTUAL: 

O termo hebraico traduzido por “avivar” em Hc3.2, aparece em diversos textos do Antigo Testamento com o sentido de “viver”, “ter vida”, “ser vivificado”, “restaurar”, “curar”, entre outros importantes sentidos – todos traduzem o verbo hāya, “viver” ou “ter vida”. Portanto, avivamento, no contexto de Habacuque, contempla tanto o sentido imediato de reviver, renovar; quanto o sentido escatológico de pôr em execução o programa salvífico de DEUS  (Hc 1.5-2; At 2.16-21).

Resumo da revista:

COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO
 Certa feita, declarou Charles Finney: “Todos os ministros devem ser ministros de avivamento, e toda pregação deve ser pregação de avivamento”. Um ministro de avivamento é um obreiro comprometido com o ensino sistemático da Bíblia.

I. O QUE É O AVIVAMENTO
Retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja Primitiva. Retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. Retomada da oração. Regresso à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: Até aos confins da terra.

II.  HABACUQUE E O AVIVAMENTO (Hc 3.2)
Despertamento dos judeus a reerguerem-se como sua particular herança, a fim de que proclamem o seu conhecimento entre as nações.  

(Extra BEP) 3.2 AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA NO MEIO DOS ANOS.
Habacuque sabia que o povo de DEUS havia pecado, e, conseqüentemente, seria submetido ao juízo divino. Nestas circunstâncias, faz duas petições:
(1) Pede a DEUS que apareça entre o seu povo com nova manifestação de poder. Habacuque está ciente de que o povo não sobreviveria se o Senhor não interviesse com um derramamento de sua graça e de seu ESPÍRITO. Somente assim haveria verdadeira vida espiritual entre os fiéis.
(2) Habacuque ora para que DEUS se lembre da misericórdia em tempos de aflição e angústia. Sem a sua misericórdia, o povo haveria de perecer. Hoje, com os alicerces da igreja sendo abalados, quando há aflição por todos os lados, imploremos ao Senhor que torne a manifestar sua misericórdia e poder para que haja vida e renovação entre o seu povo.

III.  O AVIVAMENTO E A PALAVRA DE DEUS
O avivamento promovido pelo bom rei Josias teve início com a descoberta do Livro da Lei na Casa do Senhor (2 Rs 22.8).
(Extra BEP) O LIVRO DA LEI. O "livro da lei" que Hilquias achou, tratava-se da lei que fora dada "pelas mãos de Moisés" (2 Cr 34.14); era, sem dúvida, um exemplar do Pentateuco, ou seja: os cinco primeiros livros da Bíblia (cf. 23.25; Dt 31.24-26). Essa descoberta dá testemunho da mão providente e soberana de DEUS, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Realmente, a inspirada Palavra de DEUS escrita é indestrutível (Is 40.8).

1. Um avivamento superficial (2 Rs 23.25). Morrendo o rei, morreu o avivamento (2 Rs 23.31-37).
(Extra BEP) 23.25 E ANTES DELE NÃO HOUVE REI SEMELHANTE. Josias é descrito aqui como o mais fiel e consagrado de todos os reis que já tinham reinado sobre o povo de DEUS, inclusive o próprio Davi (ver 2 Sm 12.7-15). Em termos da dedicação pessoal a DEUS e fidelidade à sua Palavra, Josias foi o maior de todos os reis (cf. 18.5; Dt 6.5; Jr 22.15,16).
23.26 O SENHOR SE NÃO DEMOVEU... DA SUA GRANDE IRA. Apesar da liderança moral de Josias e do avivamento e reformas espirituais que ele promoveu, Judá como nação se arruinara a tal ponto que sua recuperação nacional, geral e duradoura já não seria possível. A condenação de Judá foi apenas adiada (ver Jr 11; 13.27), pois tanto o povo como os sacerdotes tinham um coração maligno.
Por isso, depois da morte de Josias, rapidamente a nação degenerou-se espiritual e moralmente, e DEUS teve de destruir o Reino do Sul em apenas vinte e dois anos mais tarde.

2. Um avivamento mais duradouro. Sob a liderança de homens como Zorobabel e Neemias, começaram a ser instruídos por Esdras na Lei de DEUS. Leia Neemias 8.
De Esdras a João Batista, anunciando a chegada do Reino de DEUS com a vinda de JESUS CRISTO (Mt 3.1-11). 
(Extra BEP) 1.1 A PALAVRA DO SENHOR, POR... JEREMIAS. Jeremias tinha predito que os judeus permaneceriam no cativeiro, no país de
Babilônia por setenta anos, para então voltar a Judá (Jr 25.11,12; 29.10). Pode-se calcular o cativeiro de setenta anos, a partir da
primeira leva de cativos em 605 a .C., no terceiro ano de Jeoiaquim (2 Rs 24.1; Dn 1.1) até 538 a .C. (aproximadamente setenta anos
depois), quando, então, o povo começou a retornar a sua pátria (ver 2.1 *).
1.1 DESPERTOU O SENHOR O ESPÍRITO DE CIRO. O Senhor DEUS executa o plano da redenção no decurso da história, até o seu final determinado. No cumprimento disto, DEUS, às vezes, resolve humilhar governantes poderosos (e.g., Nabucodonosor, Dn 4), ordenar juízo destruidor contra reis (e.g., Faraó, por ocasião do êxodo, Êx 14; Belsazar, em Babilônia, Dn 5), ou elevar um dirigente internacional (e.g., o rei Ciro da Pérsia, v. 2), a fim de cumprir a sua palavra e realizar os seus propósitos. Ao despertar o espírito de Ciro, para ser benevolente para com os vencidos e exilados, DEUS fez cumprir-se a tempo a sua promessa feita através de Jeremias. Provérbios declara que o coração do rei é como ribeiros de águas na mão do SENHOR; a tudo quanto quer o inclina, a fim de garantir a marcha contínua da redenção e desfecho da história (Pv 21.1).
1.2 CIRO, REI DA PÉRSIA. Cerca de 160 anos antes do aparecimento de Ciro, Isaías predissera a respeito de um governante chamado Ciro, que permitiria a volta dos judeus à sua pátria, para reedificarem Jerusalém e o templo (Is 41.2; 44.26-28; 45.1,4,5,13).
1.5 AQUELES CUJO ESPÍRITO DEUS DESPERTOU. Mediante o ESPÍRITO SANTO, DEUS despertou o coração dalguns do seu povo para voltarem à sua pátria (ver Fp 2.13). Cerca de 50.000 pessoas atenderam ao chamado do Senhor para participarem dessa primeira viagem de retorno à Palestina. Note que os outros permaneceram no exílio (vv. 4,6); o propósito desses era animar e apoiar os que agora voltavam à terra de Judá.
1.8 SESBAZAR. Sesbazar, o primeiro governador nomeado, dos exilados que voltavam (cf. 5.14,16), pode ter sido outro nome de Zorobabel (cf. 2.2; 3.2,8; 4.3).

IV. O ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS
Os judeus foram despertados pelo ensino amoroso e persistente da Palavra de DEUS.
1. O anseio do povo pelo ensino da Palavra. (Ne 8.1). Desejo pela Palavra é o princípio do avivamento.
2. O compromisso de Esdras com a Palavra.  Observemos o compromisso de Esdras com o ensino das Sagradas Escrituras   (Ne 8.2).
3. O ensino persistente da Palavra. A  instrução bíblica estendeu-se da alva ao meio dia (Ne 8.3).
4. A explicação da Palavra. Ensino da Palavra de DEUS inteligível e claro para toda a nação (Ne 8.8).
5. O avivamento que vem do ensino da Palavra. Já devidamente instruído na Palavra de DEUS, o povo pôs-se a chorar; a Palavra de DEUS era irresistível; o avivamento havia chegado. Entretanto, o que era choro, converteu-se em júbilo (Ne 8.12).

CONCLUSÃO
De acordo com Arthur Wallis, o avivamento é a intervenção divina no curso normal das coisas. No tempo de Esdras, o avivamento veio através do ensino das Sagradas Escrituras. Portanto, se quisermos igrejas avivadas, comecemos pela Palavra de DEUS. Sem ela, não pode haver avivamento. (Extra BEP = Bíblia de Estudos Pentecostal - CPAD).




Diário Simone Oliveira © Copyright 2011. Tecnologia do Blogger.